quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Geyse é readmitida na Uniban e promete voltar vestida para matar, de raiva

Depois de estampar anúncios publicitários em grandes jornais do país comunicando a expulsão da aluna Geyse Arruda, a Uniban (Universidade Bandeirantes) voltou atrás e readmitiu a aluna. “Só voltamos atrás por pressão do MEC”, declarou o assessor de imprensa da universidade, João Pedro Cardoso Cunha. Geise prometeu voltar às aulas, mas só para terminar o semestre, pois, depois do episódio de humilhação que passou em 22 de outubro, ela pretende mudar para uma instituição que a receba melhor, “o que realmente vai contar para a minha escolha será o tipo de apoio moral e psicológico que a universidade e os alunos me oferecerem”, contou a estudante.
Segundo o assessor da Uniban, Geyse foi expulsa porque suas atitudes não condiziam com a de uma estudante universitária: “diversos alunos relataram que ela ficava puxando o vestido para cima e ficava desfilando pela faculdade para se exibir”, e ainda completou, “ela agia assim porque era gordinha e não devia dar a muito tempo. Corria risco de ela agarrar um aluno até”. João Pedro também afirma que a Uniban não tem como garantir que o episódio de constrangimento se repita com a aluna, “a faculdade não tem como impedir que haja mais hostilidade. São 10 mil alunos, não dá para garantir que eles não repitam o ocorrido, nem que coloquemos 10 guardas por volta da moça”, disse.
Geyse, no entanto, mostra que não ter medo de novas intimidações e dispara: “eu quero voltar lá (na Uniban) e me vestir da mesma forma só para ver eles terem que ficar calados”. Já seu colega de universidade Rodrigo Pinto acredita que “se ela voltar lá (na Uniban), é louca ou quer aparecer”.


Geyse recebe manifestações de apoio e vira celebridade instantânea

Geyse tem sofrido uma exposição tão intensa na mídia até parece celebridade. Já ganhou, de um cabeleireiro que se compadeceu da causa, um alongamento de cabelo de 70 cm, e, num passeio a um shoping do ABCD paulista, a moça parou os corredores. Todos queriam tirar fotos e até pediam autógrafos. Capas de revistas e aparições na televisão já até esboçam uma possível “carreira artística” para ela, que vem dando entrevistas em diversos programas e, mais recentemente, fazendo uma participação no programa humorístico Casseta e Planeta, da rede Globo.
O assessor de imprensa da Uniban diz que Geyse já havia arquitetado ir de roupa curta para se promover, “a menina é inteligente, armou para ficar famosa”, e emendou,” de loira burra ela não tem nada”.
Apesar de ter sofrido o mais conhecido episódio de constrangimento do país e ainda ter sido expulsa de universidade, Geyse vem recebendo diversas manifestações de carinho, “tenho recebido muito mais apoio do que críticas. A imprensa também tem ficado ao meu lado. Até a imprensa estrangeira estampou a humilhação que sofri em suas capas, como um exemplo de barbaridade”, disse.


Violência, falta de imites e omissão na Uniban: uma brincadeira de mal gosto

A falta de limites no comportamento de alguns alunos da Uniban já vem dando a mais tempo do que os brasileiros imaginam. O episódio de violência, ocorrido com Geyse, que marcou muito o país, não foi o primeiro, antes dele houve um caso ainda mais grave, em que as agressões chegaram às vias de fato. Em 2 de abril deste ano, a aluna A.S.N., de 30 anos, que cursava Educação Física havia dois meses, foi agredida por colegas durante uma manifestação de um grupo de alunos contra o novo sistema de provas e aulas na universidade.
Durante a confusão, A.S.N. foi acusada de atropelar, com sua Fiat Uno branca, uma colega enquanto tentava sair da aglomeração. A.S.N. resolve dar ré para verificar, mas logo teve os vidros do carro atingidos, o que lhe rendeu um corte no supercílio. Em seguida, foi arrancada de dentro do veículo e agredida com socos e pontapés, que lhe deixaram com duas costelas luxadas e vários hematomas pelo corpo.
A omissão da Uniban é tão grande, que no episódio a faculdade tratou o assunto com um caso isolado e disse que não poderia conter as ações de seus alunos. Em sua ultima entrevista coletiva, o assessor da universidade declarou desconhecer esse episódio de violência anterior ao de Geyse e novamente afirmou: “O ocorrido com aluna Geyse foi um caso exporádico, que poderia ter acontecido em qualquer universidade”, e ainda completou, “foi só uma brincadeira que tomou grandes proporções. Se eu fosse um aluno, talvez entrasse na brincadeira também.

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